Dizem que a internet é uma vitrine interminável de egos. Se for verdade, peço então licença para divulgar um trecho da entrevista daquele que Caimmy um dia definiu como o "Ourives do Palavreado", o meu ídolo Aldir Blanc, para o periódico "International Magazine" deste mês. Ser o destinatário de tão generosas considerações, tecidas por um gigante como ele, é um presente que enobrece a alma e o currículo, tamanha a credibilidade de quem as proferiu. ...Obrigado, mestre!
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I.M.: - Como surgiu essa aproximação com a Lua Discos?
A.B.: - Essa gravadora é muito interessante porque ela está próxima de alguns lugares de São Paulo, como o Esquina Carioca e suas filiais, que são bares que tratam da cultura carioca. São todos bares invariavelmente muito legais. A Lua tem uma afinidade com eles e o produtor geral do selo, o Zé Luiz (Soares) freqüenta, por esses motivos, a casa do Moacyr Luz, que por coincidência mora aqui no meu prédio. O Zé me ouviu cantando numa hora em que eu estava tranqüilo - eu sou normalmente um sujeito quieto e tenso -, lá pelas três da manhã, eu já tinha tomado todas e acabei topando o projeto do disco.
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...Mas o Zé Luiz, ele tem aquela visão típica do produtor, de um cara muito inteligente que observa onde as pessoas estão se confraternizando. Ele fica vendo a reunião e pensando se é possível ou não fazer um disco. Ele tinha a vantagem indiscutível de lançar um álbum com um cara que tem o nome pronto. Nêgo pode contestar, até arrasar com o disco, mas eu tenho um nome na praça há 30 anos, o que facilita o projeto cultural do Zé.
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