Ontem recebi para um almoço meu amigo e também produtor musical Augusto Diniz. Almoço é modo de dizer, pois das duas da tarde às dez da noite foram - se é que me lembro - cerca de vinte geladas e mais alguns goles de Boazinha.
Na pauta, a retomada do projeto de samba no Villaggio em dias alternativos, na contramão do "pagode-balada-mauriçola" que invadiu a cidade a partir de bares da Vila Madalena. Mais ou menos na linha que eu e a Rozana conduzimos de 1997 a 2003, e que ainda não tive tempo de contar neste blog.
Samba da cintura pra cima, pra ouvir, sentadinho. Compositor em destaque, músico com nome e sobrenome, platéia atenta e comovida. Divulgação correta, parcerias, contatos.
Várias idéias surgiram, balões de ensaio foram imaginados, nome sugeridos, datas...Aos poucos, o projeto foi tomando forma.
Nenhum martelo ainda foi batido, mas o que deu pra sentir é que vem coisa boa por aí, até porque a comunidade que incensa o maior patrimônio da música brasileira já não agüenta mais o que se vê pela cidade: casas bonitas, grandes, lotadas de jovens - atrás de azaração. E os artistas no palco completamente ignorados.
Quanto mais a bola de neve cresceu, menos o samba se valorizou como arte e cultura. A força da grana acabou imperando.
Já passa de hora da gente, que é comprometida com o tema, arregaçar as mangas e fazer algo pra tentar mudar isso. Pelo menos um pouquinho.
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