Mesmo com (mais um...) feriadão, os palcos paulistanos oferecem ótimas alternativas de boa música, de hoje a domingo.
O destaque são os shows de samba, com as presenças na cidade dos cariocas do Fundo de Quintal no Carioca Club e do trio Nei Lopes/Walter Alfaiate/Dudu Nobre no Sesc Vila Mariana, a veterana Dona Inah e a novata Adriana Moreira prometendo animada roda no Sesc Ipiranga, e - acredite quem quiser - Fernanda Porto, Ná Ozzetti e Virgínia Rosa prestando tributo à fantástica Aracy (não seria com i..?) de Almeida no Sesc Pinheiros. Aracy foi a maior intérprete dos sambas de Noel Rosa, e, sinceramente, eu preferiria cantoras de samba mesmo - como Ione Papas, Adriana Moreira, Verônica Ferriani, Carmen Queiroz, Jurema Cristina ou Tereza Gama.
Mas, vamos em frente. Dominguinhos encontra o som latino do sempre mutante Raíces de América no Memorial da AL. Será que vai funcionar?
Outros encontros também despertam a curiosidade: Fabiana Cozza e Maria Alcina na choperia do Sesc Pompéia; Celso Viáfora e o paraense Nilson Chaves na caríssima (de preços caros mesmo...) Tom Jazz; Chico César, Quinteto da Paraíba e Xangai no teatro Fecap.
Aliás, é intrigante notar a quantidade de shows que juntam vários artistas, hoje em dia. Por quê será, hein? Acho isso é ruim: coletivamente artista tem menor possibilidade de mostrar seu trabalho por inteiro, e criar/cativar seus futuros seguidores. Além disso, shows coletivos nem sempre têm a indispensável unidade de conteúdo. Enfim, boa ou ruim, a fórmula vem sendo cada dia mais utilizada.
No mais, indicaria a cantora e compositora Ana Lee no Sesc Ipiranga, o bom e velho Flávio Venturini na Tom Brasil e o competente violeiro Victor Batista no Sesc Vila Mariana. Ah, sim: Erasmo Carlos & Wanderleá lembrando a Jovem Guarda no Sesc Pompéia - afinal, Tremendão é Tremendão!
Esticando um pouco mais estas dicas devido ao feriado, ficará pra segunda-feira a atração - a meu ver - mais interessante da semana. No restaurante/casa de shows Grazie a Dio, aqui pertinho, na Vila Madalena, o paraense Marco André faz sua mistura de ritmos regionais amazônicos e pop, num trabalho que já há algum tempo vem sendo altamente elogiado por todos. Eu posso avalizar: há alguns anos ele estreou esse projeto no Villaggio e me impressionou fortemente. Tomara que sejam os mesmos músicos, a banda era simplesmente sensacional.
Falando em Villaggio, hoje teremos a cantora paulistana Marisa Serrano interpretando MPB classics; amanhã o instrumental chique do craque Michel Freidenson e no domingo, mais música instrumental com outro belo pianista, Beto Bertrami.
É isso. Bom feriadão - pra quem pode emendar.
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