23 abril 2007

Caixinha de música

Quem não tem cão, caça com gato. Precisando de um companheiro para caminhadas, e sem disposição (e bolso) pra investir num poderoso iPod, comprei na Santa Ifigênia, baratinho, um tocador de MP3 Sony "genérico" (falsificado mesmo), no esquema "la garantia soy yo" (no caso, em coreano).

Meus amigos, uma coisa é ouvir falar; outra é ver ao vivo. O bagulhinho, do tamanho do meu dedo médio, é impressionante. De cara enfiei nele, a toques de mouse, mais de 100 músicas. A capacidade é baixa, apenas 1 Giga (existem maiores - e mais caros), mas ainda cabem mais 300. Quatro centenas de músicas, o equivalente a 30 CDs, no meu bolso.

A qualidade? Perfeita, igual ao original. E a gente substitui as músicas quando quiser, fácil. Como se não bastasse, a engenhoca ainda é rádio FM e gravador de voz. Ah, sim, não se usa só no ouvido, não. Dá pra ligar no som de casa, no carro (com adaptador), em qualquer lugar com entrada auxiliar, amplificador e caixas. Ou seja, pra São Sebastião já desço com a trilha sonora escolhida, sem carregar peso extra.

Eu gostei, e não largo mais. No entanto, não vou abrir mão dos meus velhos CDs empoeirando na prateleira. Pelo menos, por enquanto.

A garotada já usa faz tempo e só troca arquivos pela internet, não compra mais discos; os velhos, saudosistas, vão resistir um pouco mais. Mas, quando os HDs dos computadores forem maiores, os próprios micros mais rápidos e mais baratos, a banda larga acessível a todos, os back-ups mais automáticos, certamente os CDs vão desaparecer de vez. Inclusive os meus.

E isso não vai demorar muito, não.

Tem o lado ruim, claro. Tudo que é demais tende a banalizar, com a música não será diferente. Mas, este tema fica prum outro dia.

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