Tava pensando esses dias: interessante como certos assuntos, muito deles bombásticos, outros nem tanto, mas na época fundamentais, simplesmente sumiram do dia-a-dia das pessoas.
Lembro-me do perigo que representava a tal gripe aviária, nego matando galinha na Europa, o vírus devendo chegar ao Brasil por avião em poucos meses, coisa e tal. Nunca mais se falou no assunto. Mesmo a AIDS, que ainda mata muito e era assunto de todas as mesas de bares no final do século 20, não merece mais que uma notinha aqui ou ali.
Recentemente, a bomba atômica do Paquistão era a grande ameaça ao planeta. Desligaram-na?
E o tsunami na Ásia, junto com o Katrina em New Orleans, as duas maiores tragédias naturais da história recente? Como ficaram as áreas atingidas, como a população reconstruiu suas vidas com tantos milhares de familiares mortos? New Orleans ainda tem blues nas ruas? A Tailândia voltou a ser turística? Nada; não se sabe mais nada.
Marcos Valério, Delúbio, Roberto Jefferson, Duda, mensalão? Nunca mais ouvi falar. E a secretária dedo-duro, cadê? O tal caseiro e seu generoso pai, onde se enfiaram?
PCC, bloqueio de celulares em presídios, Marcola, Elias Maluco, Beira-Mar, até o Bin Laden desapareceu. Viraram mocinhos? E do Tim Lopes, alguém se lembra?
Geraldo Alckmin, que no primeiro turno chegou a sonhar ser presidente, é apenas uma vaga lembrança. FHC, esse graças a Deus, também se apagou.
E o Fidel, tá de cama ainda? Quem se importa?
Papa João Paulo II? Descanse em paz, que a humanidade segue em frente.
Sobre o acidente do boeing da Gol, cento e tantos mortos no meio da selva, nem uma linha. Buraco do metrô, idem, parece que nunca aconteceu.
Parreira, Copa perdida, jogadores mercenários, Ronalducho, Zidane cabeçudo, Tevez ídolo, Guga campeão, Schumacher hepta, tudo fumaça.
Tem mais dezenas de casos parecidos, eu ficaria horas aqui escrevendo. Todos esquecidos. Assim como nos computadores, os fatos vão sendo deletados para que outros ocupem seus lugares rapidamente.
Tempos doidos, estes.
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