14 janeiro 2008

BBB e TV aberta

É incrível com o tal Big Brother Brasil resiste. Já vai pra sua oitava edição!

Oito anos no ar, como pode? Começa, dizem, com baixa audiência, dá a impressão de que desta vez o país evoluiu e vai rejeitá-lo - e daqui a pouco está estourando no Ibope.

Gente, o que se aproveita daquilo? Fala sério. Não é má-vontade minha não; juro que, em anos anteriores, tentei assistir a um dos capítulos. Mas não deu nem pra ir até o fim, é ruim demais.

Pessoas imbecis, numa casa imbecil, com atitudes imbecis e conversas mais imbecis ainda. Ou seja, uma completa e total imbecilidade no horário nobre da TV. E milhões assistem.

Claro que o massacre da mídia ajuda. Eu mesmo tento esquecer do assunto, mas basta ver as capas dos jornais diários e dos grandes portais da Internet: todo dia tem uma notinha a respeito, que não diz absolutamente nada, mas que amarra, de certa forma, o espectador incauto.

Será falta de opção? Provavelmente, sim. A TV aberta é uma porcaria só, há tempos. Faustão, Gugu, Xuxa, Gilberto Barros, Tom Cavalcanti, Raul Gil, Pânico, Ratinho, Huck, Ana Maria Braga, pastores eletrônicos, filmes de ação, péssimas novelas. Nesse universo, não é de se surpreender que o BBB se destaque.

Porque diabos TV aberta tem que ser obrigatoriamente ruim? Não seria o caso de se tentar quebrar esse paradigma e ver se o povão não tem vontade de assistir coisa melhor?

Uma experiência interessante seria abrir alguns canais pagos por um tempo, deixar por um mês com sinal aberto o Discovery, o National Geographic, o GNT, a GloboNews e o Telecine Premium, e ver no que dá.

Se o povão rejeitar, eu dou o braço a torcer. Mas algo me diz que seria uma grande surpresa de audiência.

Taí a sugestão.

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