E não é que minhas preces parecem ter sido atendidas?
De lá pra cá, jogadores mercenários e/ou medíocres foram dispensados, novos talentos - escolhidos a dedo - foram contratados e, pra coroar, foi eleito o presidente dos sonhos da torcida: o economista Luiz Gonzaga Beluzzo, que todo mundo sempre achou o nome certo para a função.
Tudo isso renovou minhas esperanças de um ano melhor - de bom futebol e, se possível, títulos.
Mas, claro, esperava-se um progresso gradual, trabalho de formiguinha.
E não é que, para espanto da nação palmeirense, em menos de um mês já somos considerados os grandes favoritos pra tudo? Foram quatro jogos, quatro vitórias. 12 gols a favor e somente um contra. Melhor que isso: um futebol totalmente diferente: jogadores jovens, toques rápidos, viradas de jogo constantes, e, diferente do ano passado, uma sede de gols atordoante!!
Ontem assisti na TV ao jogo contra o Real Potosí da Bolivia, pela Libertadores, e fiquei até sem folêgo: uma correria danada, marcação forte, o tempo todo no ataque e uma vibração contagiante. Não deu outra: 5 x 1, fora os vários gols perdidos. Quase fui ao estádio, fiquei com medo da chuva que ameaçava, e me arrependi de não ter ido, até porque o Parque Antártica fica somente a 4 km aqui de casa...Aí, sem que eu fizesse força, veio uma natural comparação com aquele que foi considerado o maior "esquadrão verde" de todos os tempos: o Palmeiras de 1996, comandado pelo mesmo Luxemburgo. O chamado "time dos 100 gols" -alusão à marca centenária que o time alcançou somente no primeiro semestre (tempo que durou o time, antes do assédio europeu) - que foi Campeão Paulista por antecipação e só teve uma única derrota - e muitas, muitas goleadas. Alguns chamarão tal comparação de heresia, outros de viagem na maionese, muitos de loucura mesmo. Mas, juro, a empolgação é muito parecida.
Vejamos: Marcos é melhor que o goleiro da época, Velloso. Na lateral direita Cafu será sempre insuperável, mas na esquerda o colombiano Pablo Armero não deverá perder para o quase aposentado Júnior (hoje no banco do São Paulo). Na zaga, temos bons nomes, Danilo (ótimo) e Maurício, que deverão se equivaler ao tanque Cléber e ao limitado Sandro. A dupla de volantes de hoje, Edmilson pentacampeão e Pierre, também é páreo para Amaral e Flávio Conceição. Do meio-campo pra frente a coisa fica mais complicada, mas vamos lá: Cleiton Xavier, pra mim o melhor investimento de hoje, tem repentes de Djalminha e é mais artilheiro e menos estrela, além de dar assistências como ninguém; Diego Souza nunca será um Rivaldo, mas aos poucos vem revelando seu melhor futebol e ainda tem muito o que mostrar; Willians (ou mesmo Lenny) também não se compara a Müller, mas que o moleque é atrevido, isso é. E, finalmente, na mortal camisa 9, o jovem Keirrison já dá sinais que passará, fácil, o artilheiro da época, Luizão.
Enfim, sonhar não custa nada, mas uma coisa eu garanto: preparem-se para ouvir falar muito deste Palmeiras 2009.
Vamos lá, Verdão!!!
Um comentário:
Aff, depois de um tempo sem passar por estes lados, chego aqui e dou de cara com um post futebolístico! Eu mereço...
O comentário fica valendo pelos posts que eu não tinha lido então:
- Feliz aniversário atrasado pro Lorenzo;
- Não troco Santos por lugar nenhum do mundo (e olha que perto da pacata São Sebastião, Santos é praticamente SP);
- Eu também achava que chegaria um Tsunami por aqui. Ainda bem que estava errada;
- PELAMORDIDEOS, não troca a suposta data do show do 1/2 Dúzia? Thiago me contou que talvez tenha show dia 21/03, imagino que seja no Villaggio, não? (Nada a ver com post nenhum, só aproveitando o ensejo mesmo.)
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