Nunca gostei do cara. Como pequeno empresário do ramo de bares, sofri com fiscalizações autoritárias. Como cidadão, com atos de gestão que juntavam incompetência, radicalismo e falta de democracia.
A 100 km de distância, acompanho o drama das chuvas que castigam os paulistanos sem que haja qualquer sinal de que o governo municipal (e o estadual, claro) realmente estejam se preocupando em resolver algo.
A matéria de hoje, da Folha, expõe mais uma faceta daquele que foi o preferido dos habitantes de São Paulo na últimas eleições, derrotando Marta Suplicy que, por muito menos, já estaria sendo massacrada por todos.
Vou separar algumas frases, os grifos são meus:
Kassab corta merenda de crianças carentes.
Desde o dia 1º de janeiro, a gestão Kassab não entrega merenda nas entidades que atendem crianças ou adolescentes órfãos ou em situação de risco. Em vez da compra mensal -com alimentos não perecíveis, como arroz e feijão- e uma ou duas feiras por semana, a prefeitura repassa R$ 2.289 por mês às entidades, que atendem em média 20 jovens. Com a verba, cada criança tem R$ 3,80 por dia para fazer cinco refeições.
O corte feito pela gestão Gilberto Kassab (DEM) acontece em um momento de alta na arrecadação municipal. Ao contrário do previsto, a receita cresceu 3,5% em 2009.
"Se não fossem as doações, teria faltado comida", afirma a secretária Darcy Finzeto, 66.A promotora Dora Martin Strilicherk pediu à prefeitura um estudo que justifique a verba. "Esse dinheiro não dá para comprar nem um coxinha e um suco. As crianças e adolescentes que vivem em abrigos já estão vitimizados. Agora, correm o risco de passar fome", afirma.
A gestão Gilberto Kassab (DEM) já tentou cortar a quantidade de alimento oferecida em creches municipais. Em setembro de 2009, a Secretaria Municipal da Educação pediu aos pais de alunos que escolhessem qual refeição sairia do cardápio: o café da manhã ou o jantar. Kassab chegou a dizer que as crianças comiam demais. Depois, voltou atrás.
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