Conversando hoje com meu pai sobre as eleições para presidente, ouvi o seguinte: "...se fosse votar, não votaria no Serra, não gosto do cara. Apesar de reconhecer que é dele o mérito da lei dos medicamentos genéricos...".
Na hora não soube exatamente porque, mas algo não bateu bem nos meus tímpanos. Fui ao "pai dos burros" de hoje, o Google. E minhas suspeitas se confirmaram.
Vejam o que disse o falecido ministro da Saúde do governo Itamar Franco, Jamil Haddad (somente alguns trechos, pra encurtar):
(...)Eu era deputado federal quando o presidente Itamar Franco me chamou para ser Ministro da Saúde, em 1992. Em 1993, numa briga com os laboratórios, em razão do alto custo dos medicamentos, levei ao presidente a necessidade da implantação dos medicamentos genéricos. Após um congresso, com participação de 11 países onde os genéricos já eram fabricados, preparamos o decreto que foi assinado pelo presidente Itamar Franco e por mim no dia 4 de abril daquele ano, iniciando a produção de medicamentos genéricos no Brasil. Hoje, eles são uma realidade que propiciou a uma parte da população ter condições de comprar medicamentos por preços mais acessíveis. (...) Como de filho bonito todo mundo quer ser o pai, em 1999 foi aprovada uma lei, que era praticamente uma regulamentação dos remédios genéricos. O então ministro da Saúde, José Serra, passou a dizer que ele era o autor da lei. Eu considero uma usurpação o que está sendo enfatizado pelo PSDB [em declarações recentes à imprensa]. Eles não têm fundamento legal nenhum para afirmar que foi por meio daquele partido que se implantou a política dos medicamentos genéricos no País.
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