Então tá, vamo que vamo!... Na passagem de som, a senha: nada de voz e violão. A acompanhá-lo, nada menos que quatro músicos: Dinan Machado na guitarra (e vocais), Miriam Bauer no baixo (e vocais também), Fábio Canella na bateria, e seu filho Vitor no teclado. Ele, Filó, na outra guitarra e voz. Muito bom, mas...como colocá-los num palco de 1 x 2 m? Simples: metade no palco, metade no chão.
O resultado, ainda que acidentalmente, foi que aquela formação passava a dar outra cara ao bar - e um outro peso artístico. Era como se saíssemos da adolescência pra fase adulta. E assim foi: a cada noite, mais gente - a maioria músicos. Um contava pro outro, e antes da primeira série acabar já estávamos fechando a segunda, com mais 08 shows.

O ano ainda reservava novidades. Os shows continuavam a pleno vapor nos demais dias da semana, e a gente continuava atrás de gente legal e diferenciada. Nomes como Léa Freire (retomando conosco sua carreira, depois de muitos anos afastada), Sérgio Santos, Eudes Fraga, Jarbas Mariz, irmãos Garfunkel, Zezé Freitas, Michel Freidenson, Maria Martha - e tantos outros - realizaram espetáculos inesquecíveis. Em início de carreira, Moisés Santana, Kléber Albuquerque, Élio Camalle, Gigi Trujillo, Fabiana Cozza e - pasmem - até o (então) desconhecido Jorge Vercilo fizeram seus primeiros shows no Villaggio.
Muito desses contatos, é preciso que fique registrado, foram possíveis graças à ajuda da nossa querida amiga (e grande cantora) , Daisy Cordeiro, que não se cansou - nunca - de recomendar a gente para todos os artistas que conhecia - e conhece. A Daisynha foi figura fundamental pro Villaggio, e vai ter nosso carinho eterno.
Em junho trouxemos o ex-Boca Livre Claudio Nucci para nossa festa de cinco anos. Casa superlotada, emoção total. Com ele, o conselho para que investíssemos num som mais profissional, pois com o nível artístico subindo, a exigência também aumentaria. Aquilo mexeu com a gente: ele estava certo, e, pouco tempo depois, fizemos um "mega" financiamento pelo Sebrae e compramos um sistema completo, tudo importado, das melhores marcas. Tão bom que, fora a mesa que já foi trocada, o restante até hoje funciona perfeitamente. Valeu o investimento.
Ah, sim: um pouco antes, em abril, tinha ocorrido outra virada: a parceria com a Rádio Musical FM, através da doce Miriam Ramos e seu antológico programa Boa Safra.
E, em julho, outro grande momento: nossa amizade com o compositor carioca Moacyr Luz.
Mas, isso tudo fica pro próximo capítulo.
continua...
Um comentário:
Zé, sabe, conheci o Villaggio por causa do Rubi. Em uma viagem inesquecível a SP em 2003, saí de Salvador com o destino certo. Nesta noite, a voz de trovão estava acompanhado do Kléber Albuquerque. Showwwwww!!! Abraços desde a Bahia.
Débora
debytxarrobagmail
Postar um comentário