Quem mora ou tem parentes fora das metrópoles não deve ter se surpreendido com a notícia, já que há alguns anos nossas pequenas cidades deixaram de ser pacatas.
O que me chamou a atenção, no entanto, foi o nome de uma pequena cidade do Mato Grosso do Sul, que consta como a terceira mais violenta do Brasil. Seu nome: Coronel Sapucaia.
Pois é, meus amigos, eu já estive lá...
O ano, 1984. Ainda trabalhava no Banco do Brasil e fui prestar serviços por três meses na agência de Amambai, também no MS, praticamente na fronteira com o Paraguai, próxima a Ponta Porã e Dourados.
A região já era muito perigosa, nem tanto pelo tráfico, como hoje, mas pelo contrabando, tanto de café saindo do Brasil como de produtos importados chegando via Paraguai.
Na época com apenas 21 anos, magrinho, carro bacana, dinheiro no bolso e muita saúde, não me dava conta desses perigos. Queria mais é me divertir, namorar com meia cidade e botar as garrafas de "scotch" contrabandeadas em cima das mesas.
Foram três meses inesquecíveis, de churrasco que não acabava mais, de festas e bailes (que os locais chamavam de "brincadeiras") onde aprendi a dançar a "polca paraguaia". E de viagens - muitas - a Ponta Porã e Pedro Juan Caballero (uma no Brasil e outra no Paraguai, divididas apenas por uma avenida); Corumbá e Puerto Suarez, na Bolívia - via trem do Pantanal; Campo Grande e Dourados.
E - até por curiosidade - lugares pequenos como Aral Moreira e Coronel Sapucaia.
Apesar de já terem se passado 23 anos, lembro-me bem desse dia. A gente - eu e dois colegas boêmios do Banco (Chico e Dorival, onde estarão, hein?...) - precisava comprar algumas garrafas de uísque pruma dessas "brincadeiras". Pedro Juan era meio longe, ficava a 80 km de Amambai, mas Sapucaia (como era "carinhosamente" chamada), estava a somente 30 km dali, e era colada com uma outra micro-cidade, esta paraguaia, que ostentava o pomposo nome de Capitán Bado.
Estava resolvido nosso problema. Sem medir conseqüências e como se fosse a coisa mais natural do mundo, fomos às compras. Pegamos o carro e adentramos uma estradinha de terra. Mais alguns minutos e pronto: já estávamos no Paraguai, onde jorrava o malte barato.
Nada demais: três ou quatro ruas, casinhas de madeira, gente mal-encarada (normal por lá), muita poeira e calor.Mas, de repente e por nada, como um presente de Deus, algo nos disse que estávamos fazendo besteira. Pensem bem: três caras estranhos, numa cidadezinha de faroeste localizada num país onde o presidente era o ditador Stroessner. Longe de tudo e de todos. Com carro e dinheiro no bolso.
Conclusão: irresponsabilidade juvenil. Mais do que isso, loucura total.
Antes que algo acontecesse e caísse a noite, saímos rapidinho. Pra não perder a viagem, trouxemos meia-dúzia de garrafas.
De fato, foi um alívio chegar ao hotel.
Hoje, essa tal pesquisa só confirma que estávamos certos.
Com todo o respeito: Coronel Sapucaia, never more!
Um comentário:
moço não de conheci mas naõ cosdei do seu comendario ja fas 36 anos q... moro nesta citade q.... voce chama de citade faroeste aq..me casei tenho 2 filhos lindos e 5 netas nunca estive pressa nem me envolvi en encrencas so tem perico quando as pessos tem mas entençaõ ou ja vem com ceguntas entençõescaso contrario seraõ bem vinas.meu nome e TEREZINHA PAETZOLD DE SOUZA ,,costou bem naõ .....bem tambem
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