Com uma dor nos braços que me incomoda há mais de ano, semana passada fui ao médico, meio pessimista de antemão, já que credenciado de convênio normalmente nem olha na sua cara.
Rua Caiowaá, Perdizes. Geralmente impossível de se estacionar (tenho um primo que mora lá). Pois a clínica tinha estacionamento próprio, e - acreditem - com vagas. Entrei, dei meus dados na recepção e, quando já estava preparado pra esperar pelo menos meia-hora, em dez minutos fui chamado.
O médico, um senhor bem simpático, cheio de diplomas e certificados na parede, puxou conversa. Perguntou minha profissão, falei do Villaggio e ele quis o site, pois gostava de MPB...Ao mesmo tempo, foi me questionando, qual era o meu problema, etc. Fez alguns testes, mandou eu posicionar as mãos de um certo jeito, perguntou se doía assim, se amortecia assado. Isto feito, quando já me preparava pra aquela famosa receita de tantas sessões de fisioterapia, ou mesmo alguma infiltração, me disse que precisa fazer uma investigação pra poder opinar.
Ora, é isso mesmo, tem que investigar! Ali mesmo já fiz os raio X, pelo convênio. Me mostrou que uma vértebra da cervical tem um lado menor que o outro, de nascença, que pode ser esse o problema e...que precisava investigar mais. Ótimo!! Pediu então uma ressonância magnética e me mandou voltar com o resultado, pra confirmar se era esse o problema e prescrever o tratamento.
Saí dali agradavelmente surpreso.
Pois bem: em seguida procurei no site da AMIL um laboratório pra marcar a ressonância. Tinha um perto de casa: Centro de Diagnósticos Brasil. Fui bem atendido ao telefone, marquei num bom horário pra mim, tudo certo.
No dia anterior ao exame, me ligaram pra confirmar minha ida, e repetiram calmamente todas as orientações que haviam dado antes. Ah, sim: perguntei se tinha estacionamento. Tinha. E, querem saber? Grátis!...
Tudo estava indo bem demais, não era possível.
Ontem fui lá. Cheguei um pouquinho atrasado, os manobristas enlouquecidos, um monte de carros. Pensei: vou tomar uma canseira aqui. Nada, um deles veio, me deu um papelzinho e educadamente pegou o carro.
Entrei, tinha que pegar senha na recepção, fila. É agora, finalmente algo vai ser normal, meia-hora de fila, ufa. Nada: andou rapidinho. Em alguns minutos já estava preenchendo e assinando um formulário. Em seguida - nem deu pra ler uma página da Caras (...) - já me chamaram pro exame. Médica e técnicos atenciosos, roupão higienizado, tudo perfeito.
Exame rápido, não deu nem os 30 minutos previstos. Na saída, outra surpresa: me deram um tiquezinho que, em princípio, valia um café na lanchonete. Ora, é agora, oba: vão me cobrar algo. Negativo: o tíquete valia um suco de laranja natural, feito na hora, e um sanduíche fresquinho, com quatro opções. Mandei ver, e, depois, arrisquei pedir um café no mesmo esquema, pra finalmente, receber um não. Sorrindo, a balconista serviu um expresso. Na faixa.
Já quase enlouquecido com tanta eficiência, quase pedi a Deus pra me cobrarem o estacionamento, pra tal cortesia ser uma "pegadinha". Não teve jeito: o carro veio perfeitamente em ordem, não me cobraram nada e ainda pediram desculpas pela demora (cinco minutos...).
Ainda me belisquei pra ver se não era sonho. Voltei pra casa, estupefato.
Alguma coisa está realmente mudando neste país.
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Um comentário:
A única coisa que efetivamente não muda é o rol de revistas antigas, sem interesse e ultrapassadas que ficam "à disposição" em todo e qualquer consultório...
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