22 maio 2008

Salve, Tricolor!

Não, não estou me referindo ao do Morumbi.

Minha saudação é direcionada a outro tricolor: o das Laranjeiras, o Fluminense, que ontem obteve uma vitória heróica contra o São Paulo, eliminando-o da Libertadores. Tava assistindo ao jogo no bar - na telinha do micro, enquanto rolava o show - e não pude conter a euforia quando o centroavante Washington, em cabeçada mortal, aos 46 minutos do segundo tempo, desfez o sonho são-paulino de continuar na competição. Foi realmente um fim de partida eletrizante.

Aliás, queria agradecer ao time paulistano por ter me dado três das quatro maiores alegrias futebolísticas deste ano (a quarta foi, obviamente, o título), que inclusive ganharam, todas, postagens neste blog.

A primeira quando levou de quatro do meu Verdão, depois de anos sem perder da gente no Paulistão.

A segunda quando foi eliminado do mesmo Paulistão, há algumas semanas, justamente pelo meu time, depois de uma semana nos gozando por aquele gol de mão do Adriano.

E a terceira, ontem. Que delícia! Ainda mais que os caras fizeram questão de dizer que o campenato que ganhamos, o estadual, não valia nada e que importante mesmo era a Libertadores. Pura dor-de-cotovelo, pois na semifinal eles entraram firme pra ganhar da gente, e quando dançaram vieram com esse papo furado. Típica e previsível reação dos chamados "bambis".

Paixão clubística e rivalidade entre torcidas são coisas inexplicáveis. Até uma certa época, era o Corinthians nosso grande adversário, aquele que nos dava mais gana de vencer.

No entanto, a partir de quando ganhou o primeiro Mundial Interclubes - acho que em 1992 - passou a ser o São Paulo nosso pior inimigo, e acho que de todas as demais torcidas. De lá pra cá, passaram a ser tomados de tamanha arrogância e soberba que ficou impossível suportá-los: time, diretoria e torcedores. Ano a ano, foi virando uma máxima no meio futebolístico que os tricolores eram simplesmente os melhores em tudo, e os outros clubes meros coadjuvantes. Um saco.

Daí, minha alegria depois desses jogos em que Palmeiras e Flu cuidaram de baixar a bola dos caras e mostrar a eles que existem outros times na face da Terra, sim senhor. Aliás, em 2006 o Inter - ao vencê-los na final da Libertadores e, ano passado, o Grêmio - ao também eliminá-los numa semifinal como a de ontem, já haviam feito isso.

Ou seja: aos poucos, vai-se desmontando a prepotência.

Adeus, Libertadores 2008! Bye, bye, "Imperador"! Chupa, Rogério Ceni! Faz cara feia, Muricy!

A gente se vê novamente no Brasileirão.

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