Não sei o que é pior: a tal crise financeira mundial ou o gigantesco alarde que a mídia faz sobre ela.
OK, não sou ingênuo a ponto de achar que jornais, revistas, portais e TVs vão perder a chance de aumentar sua audiência. Mas, será que ninguém se toca de que tanta notícia ruim - sobre queda da bolsas, quebras de bancos e similares - o tempo todo martelando as manchetes só contribui para aumentar a insegurança?
Será que é esse o tipo de clima necessário agora?
Não se trata de propor censura aos veículos, tô bem fora disso. Mas, assim como os governos estão se entendendo - ou pelo menos tentando se entender - para serenar os mercados e fazer com que a economia global volte a funcionar, não custava nada aos grandes impérios de comunicação dar uma forcinha e ser menos sedentos.
Num mundo globalizado e conectado, qualquer rumor no Japão chega em minutos aqui - e vice-versa. Rumor ruim, então, em décimos de segundos.
Daí ao pânico, é um pulinho.
Que tal um pouco mais de responsabilidade da chamada mídia?
É claro que todo mundo tem direito a saber o que ocorre por aí, em todas as áreas. O problema é o massacre sobre o mesmo tema. Assim como foi o Caso Isabella nos infernizando, a bola da vez é crise mundial.
E o cidadão normal é que sofre, sem saber se vai haver amanhã.
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