Acho muito engraçado esse siricutico que dá nas pessoas nesta época do ano. Parece que tudo se resume numa só palavra: viagem.
MSNs em OFF, telefones mudos, nem e-mail chega... Todo mundo arrumando as malas.
Em maior ou menor grau, e salvo as exceções de praxe, a obrigação de "ter que ir pra algum lugar" entre o fim de dezembro e meados de janeiro deixa a galera num certo pânico, do tipo: "não fico em casa nestes dias de jeito nenhum".
Quem não pode ir pra Paris, Cancún ou mesmo Fortaleza, arruma um jeito de ir pra qualquer lugar. Vale tudo: casa de parentes no interior de Minas, apartamento do cunhado em São Vicente, camping em Maresias, pousada em Ubatuba. O importante é ir, seja lá pra onde.
Muitos não planejam direito, a grana é curta, e - via de regra - as férias viram um pesadelo. Congestionamentos na estrada, fila na padaria, colchão na sala, cerveja quente e churrasco frio. Mas, tudo bem, pelo menos tem o que contar pros amigos, não ficou solitário "jogado num frio apartamento na Capital" ou "vagando" por bares semi-vazios e ruas sem trânsito, mas com clima de fim-de-feira.
Ano passado, em São Sebastião, o feriado do Ano Novo parecia uma catarse coletiva. Nego queria se divertir a qualquer custo: viver um mês em três dias, torrando no sol o dia inteiro, enchendo a cara sem limites e ouvindo música ruim na praia. Afe!
O mais louco é que, passado o frenesi dos últimos dias do ano, janeiro constuma ser um mês absolutamente normal por aqui. OK, com menos carros nas ruas, mas nada de cidade-fantasma - até porquê, como se diz, São Paulo não pode parar.
Eu tô num esquema de bate-volta. Já desci semana passada, fiquei cinco dias; voltei, páro no Natal, volto a trabalhar dia 26 e desço a serra de novo dia 29, retornando pra lida dia 05 - ou 06 de janeiro. Não muito diferente do povão em geral, né? É que meu caso é sui-generis: a família mora na praia e tenho uma certa flexibilidade de dias e horários, então dá pra escapar da debandada geral.
Pra vocês, que já estão com o pé-na-estrada (ou não), Feliz Natal!
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Um comentário:
É, acho que faço parte das exceções de praxe. Não tenho esse tal siricutico de final de ano. Aliás, muito menos no Carnaval (odeio!) tenho essa necessidade de sair, viajar etc. Mas também não acho nenhuma maravilha ficar em Santos nessas 2 ocasiões. A cidade fica insuportavelmente lotada! É tão irritante que eu chego a agradecer a Deus por estar de plantão! Por outro lado, fico contando os dias para as minhas férias. Falta muito pra outubro? Boas Festas!
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