
Se me permitem, só queria passar uma impressão que tenho a respeito de tamanho espaço ocupado por sua morte, numa era em que as notícias andam na velocidade da luz.
A verdade é que os grandes ídolos estão se acabando. Michael Jackson era um dos poucos remanescentes de um tempo em que os cérebros ainda tinham espaço para formá-los, processá-los, curti-los.
Poucos ainda estão vivos. Jagger, Dylan e McCartney, Ringo: talvez sejam esses os últimos.
No Brasil, Caymmi representou um pouco isso. Agora restam Chico, Gil, Caetano, Milton - e mais algum.
Depois desses, só os de barro. A tecnologia e outras questões mais urgentes - como meio ambiente, fome no planeta, crise econômica - há tempos não permitem que o povão ache espaço em sua cabeça para sedimentar novas idolatrias.
A consternação mundial em torno da perda do menino Jackson não é nada mais do que um certo desespero diante da constatação de que aquele mundo não existe mais. E o que está aí não anima.
Se agarrar às lembranças de Ben, Billie Jean e Thriller: é o que resta à humanidade.
É isso, ou o twitter.
(*) aos nomes acima, devo acrescentar Madonna e Roberto Carlos, conforme me alertaram os amigos Tacioli e Dafne...rs...valeu!
Um comentário:
Faltou citar que dentre os grandes ídolos, ele é a personalidade mais conhecida mundialmente,seu álbum "Thriller" o mais vendido da história...um artista completo...perfeito, explêndido...não cabe aqui comparações e muito menos idolatrias...
É o reconhecimento pleno de um talento único e como ouvi num dos muitos documentários que assisti "Um Anjo humano compreendido por poucos, amado por muitos...
Estrela na terra ... um holofote no céu!"
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