Recebi, para uma visita no fim-de-semana, meu (único) irmão, mulher e filhos. Como minha mãe já passa uns dias por aqui, clima de família total.
Os sobrinhos: César, oito anos, e Daniel, cinco (este, meu afilhado). Lindos meninos.
É difícil explicar o misto de sentimentos: de um lado, o amor total e incondicional de tio; do outro, o pânico de que sua casa seja totalmente demolida. No entanto, pequenos objetos e canetas (ameaçadoras a sofás brancos) devidamente escondidos, o front está preparado...
Brincadeira, mano.
Primeiro dia, quadro da sala no chão, broncas de pai e mãe imediatas; dia seguinte, equilibrista em almofadas, tombo no chão, mãe à beira de um ataque de nervos. Vó e tio observam, à distância.
Na contrapartida, carinhas lindas pedem pro tio ligar o teclado pra executarem suas "sinfonias", ou pra liberar o micro (este...) pra jogarem o game do Spider Man do Lorenzo (que estava viajando com a mãe). Rogam, sem trégua, montanhas de sorvete pra avó e, no minuto seguinte, querem ver de perto o acendimento da churrasqueira (demos calmantes para todos). E tome Cartoon Network, Discovery Kids e Jetix.
O vai-e-vem é intenso no pequeno sobrado de Pinheiros.
Sábado, churrasco de respeito, regado a cerveja, Seleta com caju e reminiscências adolescentes ao cair da tarde.
À noite, todos para o Villaggio. O mais velho, cansado, dormiu no colo da avó. O mais novo, espevitado e descansado pelo sono da tarde, deitou e rolou: de cara, pediu que deixasse seu pai subir ao palco e cantar um hit dos Titãs (seria uma abertura do show?...). Teve a solicitação negada, mas - sem ressentimentos - aplaudiu todas as músicas e se apaixonou pela cantora Adriana Godoy. Noves fora, Danielzinho até que foi espectador comportado.
Domingo, peixe com pirão, da mamma - iguaria caiçara para poucos. Soda limonada, desta vez ("se for dirigir, não beba").
Resumindo, tudo muito bom. Quebrou um pouco a calmaria daqui.
Na saída, confesso que fiquei mais triste do que poderia estar, digamos, aliviado. Crianças alimentam nossa alma, são um sopro de vida e esperança.
Hoje, pendurarei o quadro de volta na parede. Ou não. O que importa?
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3 comentários:
rsrs... valeu, mano! Foi um fim-de-semana muito agradável. A tarde etílica de sábado nesse convidativo quintal tbm estava muito boa. Desculpe o mau jeito dos "anjinhos", mas, pelo prenúncio do quadro na primeira hora de nossa chegada, até que seu recanto safou-se de maiores avarias. Voltaremos em breve, prepare-se! Ah! e quanto ao "sopro de vida", a coisa tá mais para "furacão", e em dose dupla...
Um beijo da patota.
(P.S.: O seu porta-vaso de mármore está escondido embaixo da escada)
Heh... Lembre-se de um dia pedir para que seu mano lhe conte como foi quando precisou ficar em casa (sozinho e numa noite tempestuosa) não só com os "Sobrinhos do Capitão", como também com os "Herdeiros do Jaspion".
Parece que até hoje ele ainda tem pesadelos...
Que nada, Adauto...O Paulo tem um auto-controle incrível - seu psiquiatra já confirmou!
abs
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