18 outubro 2007

Meu Maracanã

Assisti a parte do segundo do tempo do jogo do Brasil ontem no monitor do computador do Villaggio, sem som, enquanto rolava o show da noite (muito bom, aliás). Na verdade, os ouvidos estavam atentos ao show - e os olhos ao Maracanã lotado.

O pouco que vi encheu-me os olhos: a jogada do Robinho, no quarto gol, lembrou um passado de glórias futebolísticas. De Pelé e Mané. De Zico e Dinamite, pintando e bordando no cenário mais bonito do mundo pra se deliciar com o verdadeiro futebol: o Maracanã.

Nenhuma vitrine seria mais apropriada àquela jogada divina: o beque em desespero, sem saber como parar aquele clone de saci, irreverente, sacana, que pedalava à sua frente, gingava pra lá e pra cá, e parecia rir dele. Coitado do equatoriano, não se recupera nunca mais.

Os deuses do futebol estavam lá, ontem, em seu templo. Pena que já devem ter voltado pra Europa...

Pode ser que o imponente estádio esteja ultrapassado e tudo o mais de ruim que falam dele. Pode ser. Mas o clima que rola lá, quando a torcida o superlota e festeja, não existe em nenhum outro.

Já falaram - muitas vezes - em demolir o Maracanã, vejam só.

Pergunto: é o Maraca que deve se adaptar às modernidades do futebol de hoje, ou seria o contrário?

Nenhum comentário: